Síndico profissional: como se tornar um?

Já pensou se em todas as vezes que você enfrentou problemas em um condomínio, não houvesse a figura do síndico profissional? É por isso que quando o morador fala em problema, é o síndico profissional a pessoa certa para transformar o caos em tranquilidade.

Entretanto, para entender as regras de convivência e organizar as demandas do condomínio da melhor maneira, é preciso preparo para assumir essa responsabilidade. Não à imprescindível escolher uma pessoa com expertise e competência suficiente para ocupar o cargo.

Saiba o que precisa ter e fazer um síndico de condomínio para ser considerado profissional.

O que é um síndico profissional?

Um síndico profissional é, antes de tudo, a figura administradora responsável por gerir um ou mais edifícios dentro de um condomínio. É um indivíduo contratado pelo próprio condomínio para oferecer seus serviços como:

• Manter a disciplina entre os moradores, mediando possíveis conflitos
• Cuidar dos fundos de reserva para que haja sempre dinheiro disponível para eventuais necessidades
• Organizar obras e manutenções dos prédios
• Fiscalizar possíveis inadimplências
• Coordenar outros profissionais que trabalhem no mesmo espaço
• Verificar se todos os quesitos relacionados à segurança do condomínio estão sendo respeitados

A função do síndico profissional atualmente é legal e começou a se tornar popular após a revisão do Novo Código Civil em 2002.

Até então, segundo a Lei 4591/64, era exigido que somente um dos condôminos poderia exercer a função de síndico, com a revisão décadas depois foi decidido que para ocupar esse cargo não poderia ser mais algum morador ou condômino, e sim um indivíduo a parte que pudesse se dedicar inteiramente a função e com respaldo de uma formação profissional.

Qual a diferença de um síndico profissional e um síndico comum ou voluntário?

Diferente do formato antigo de síndico que podia, inclusive, ser voluntário, o síndico profissional tem caráter de contratação com vínculo empregatício por documento formal, carga horária específica, hierarquia, dedicação exclusiva a função, reuniões periódicas, remuneração, mas acima de tudo, aptidão e preparo para o desempenho da função.

Os pontos positivos de ter um síndico profissional do ponto de vista dos moradores do condomínio é poder contar com um gestor completamente imparcial, sem envolvimento pessoal ou afetivo com os moradores – capaz de oferecer todo o seu potencial em tomada de decisões importantes, ainda que possam ser polêmicas ou difíceis, sem correr o risco de ser injusto com alguma situação ou conflito.

Agora para poder começar e atuar como síndico profissional, o indivíduo que tiver interesse deve investir em seu conhecimento e aperfeiçoamento, como toda profissão. Deverá também manter um comportamento ético, transparente e sem privilégios.

Um síndico profissional precisa de curso?

Se você está pensando em ser um síndico profissional, tenha em mente que o primeiro passo é gostar do trabalho, pois será importante se dedicar a ele.

Para exercer bem a função você precisa ter:

• Espírito de liderança
• Facilidade em tomar de decisões
• Organização
• Pensamento coletivo
• Boa comunicação
• Tino para negociações

Fora esses fatores, um síndico profissional vai lidar com funções específicas ao seu posto como:

1. Prestação de serviços
2. Compra e manutenção de equipamentos ou insumos
3. Controle fiscal
4. Recrutamento de outros profissionais inerentes à organização do condomínio
5. Controle ambiental

Em outras palavras, um síndico profissional reúne diversos conhecimentos em administração, direito, recursos humanos e até mesmo em contabilidade.

Por isso, em alguns casos, especialização em Relações Humanas e Administração de Empresas são bem-vindas para que você se torne um síndico profissional.

Dicas para ser um bom síndico profissional

Um síndico profissional é hoje em dia uma necessidade vital para a tranquilidade, funcionamento e paz de um condomínio. Por isso, fique atento às nossas dicas e proporcione o melhor aos moradores:

• Organização em primeiro lugar: busque estar um passo à frente das necessidades do condomínio. Organize planilhas e arquive prestações de contas. Antecipe-se e evite que as reclamações dos moradores apareçam, organização e pró-atividade são essenciais também para lidar com burocracias.
• Conheça o condomínio e as pessoas: percorra todo o espaço, inspecione áreas e dialogue com todos os moradores para descobrir suas necessidades e entender como eles vivem.
• Busque a transparência e gere confiança: desenvolva informativos e campanhas que favoreçam a organização e a boa convivência entre as pessoas.
• Economize! Trabalhe para reduzir custos por meio de bons planejamentos de obras e aquisições.
• Olhos abertos na manutenção do local: conquiste os moradores mantendo a conservação dos condomínios para total funcionamento.

Quanto é o salário de um síndico profissional?

Não há uma tabela com remuneração específica para o cargo de síndico profissional. Então, seu valor salarial é estipulado segundo o espaço que o responsável irá ocupar, levando em consideração:

• Valor da taxa condominial
• Número de visitas semanais ao ambiente
• Quantidade de unidades no condomínio
• Quantidade de funcionários terceirizados
• Tamanho e quantidade de áreas de lazer

O síndico profissional pode ter uma remuneração mínima de R$1.500 até cerca de R$4 mil mensais, podendo chegar a R$10 mil em alguns casos.

Quais cuidados um síndico profissional deve ter ao escolher sua administradora?

Uma administradora é o braço direito de um síndico profissional, e é do seu escopo escolher qual empresa vai trabalhar ao seu lado, como também se faz necessário informar à Assembléia dos moradores.

Para que essa escolha seja a melhor tanto para o profissional como para os condôminos, separamos os principais cuidados que o síndico profissional precisa ter ao escolher sua administradora:

1. Compare pelo menos três empresas e peça a cada uma a lista de serviços oferecidos e seus respectivos custos.
2. Verifique se a empresa é financeiramente sólida, afinal ela manipulará as finanças do seu condomínio, e ninguém deseja ter o capital retido numa instituição à beira da falência.
3. Verifique se a empresa tem tradição no mercado de administração imobiliária, pois não é raro aventureiros abrirem administradoras e, depois de um curto período de tempo, simplesmente desaparecem levando todas as finanças dos condomínios.
4. Verifique se a empresa está filiada à Associação das Administradoras de Imóveis (ABADI), entidade que reúne administradoras, resolvendo eventuais conflitos entre essas e os condomínios.
5. Entre em contato com alguns condomínios para os quais a empresa presta serviços, e verifique se as cláusulas contratadas têm sido cumpridas com eficiência e se os profissionais propõem soluções para os problemas do condomínio.
6. Verifique cuidadosamente o contrato, para saber quais tipos de serviço estão incluídos na taxa de administração e quais deverão ser remunerados à parte.
7. Peça um modelo de extrato mensal de prestação de contas e verifique se há clareza nos lançamentos; atente para os serviços cobrados à parte.
8. Visite a sede da administradora e observe seu horário de funcionamento, rapidez no atendimento, informatização, organização e aspecto geral.
9. Faça as seguintes perguntas à administradora: o Serviço Jurídico está incluso na taxa de administração? No caso do condomínio emitir recibo para cota extra, esta emissão será paga à parte? O valor será por cada recibo ou por linha? Quantas vezes por semana o serviço de motocicletas passará no edifício? Até que dia será enviada a pasta mensal de prestação de contas? Leia atentamente o contrato de administração e assine-o por prazo determinado. Observe em que condições ou sob que penalidades ele poderá ser cancelado antes do vencimento.

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Um verdadeiro síndico profissional trabalha de mãos dadas com a Nacional Administradora!