Sarampo: como lidar com o surto da doença no condomínio

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde este ano, o Brasil tem registrado novos 142 casos de sarampo e cerca de 19 casos especificamente no Rio de Janeiro. Os outros estados afetados também seguem em estado de alerta; entre eles, o destaque para São Paulo com 66 casos confirmados recentemente, revelando um aumento de 52,7% dos casos em apenas seis dias. Fora as confirmações, só as notificações sobre casos suspeitos já preocupam a população, afinal um doente pode transmitir o vírus para até 18 pessoas.

Como o sarampo é uma doença que envolve todo um processo de adoecimento, logo depois de procura pelas unidades de saúde e por fim a coleta dessas informações ao governo, é importante que demos um passo à frente antes que as estatísticas se tornem mais sérias e façamos uma reflexão sobre essas informações.

Para quem mora em condomínio, atenção redobrada do Síndico, o que requer medidas urgentes para evitar com que o sarampo se espalhe. A dúvida que fica é, como o responsável pela gestão do edifício pode ajudar os moradores nesta questão? Confira.

Lembre o morador de suas responsabilidades

Em caso de doenças infectocontagiosas como o sarampo, que são aquelas de fácil e rápida transmissão como o sarampo, é de obrigação do morador comunicar ao zelador ou síndico a sua suspeita ou diagnóstico. Muitas vezes a necessidade de relatar essa situação pode estar dentro das normas ou regulamentos internos do prédio, mas a verdade é que poucos condôminos realmente são honestos com medo de serem discriminados ou sofrerem algum tipo de retaliação.

Neste momento é importante que o Síndico leve o tema à Assembleia e explique de maneira calma e acolhedora que relatar o sarampo, ou qualquer outra doença contagiosa, não será para fins de julgamento, e sim controle e proteção da saúde dos outros moradores. Que a pessoa contaminada pelo sarampo não será menosprezada ou tratada com qualquer preconceito, mas que não pode apenas ignorar a infecção quando há formas de evitar com que ela se alastre pelo condomínio.

O Síndico precisa explicar e assegurar os moradores sobre o surto da doença

Inclusive, é possível assegurar ao morador que for até o síndico relatar o sarampo, que sua identidade será preservada se ele for honesto e confirmar a suspeita da doença.

Auxilie os condôminos a se conscientizarem


Atualmente o Ministério da Saúde está fazendo uma campanha de vacinação contra o sarampo, então que tal aproveitar esse apelo, fora as recentes pesquisas e estatísticas para alertar a população do prédio? Una as informações e crie um comunicado convidativo à vacinação. Coloque em lugares estratégicos do condomínio, leve em pequenos flyers às reuniões de assembleia e caso tenha um grupo no Whatsapp ou aplicativo, não esqueça de divulgar lá também.

Como agir em caso de confirmação do sarampo

Caso seja de escolha das pessoas infectadas pelo sarampo, mantenha suas identidades em sigilo, mas não deixe de comunicar ao restante do condomínio a possibilidade de infecção. Desta maneira, os moradores podem procurar formas de se proteger e quem sabe, estimular a vacinação dos mesmos. Sugerimos que comunique tanto por cartaz essa notícia, como por meio do Whatsapp ou aplicativos.

Por que é tão importante informar os casos de sarampo?

Não apenas em respeito a saúde de todos que vivem no mesmo lugar e dividem espaços mais próximos em comum, como elevadores e corredores, o que aumenta as chances de infecção, mas também porque pessoas que estejam fazendo tratamentos de saúde agressivos como quimioterapia, mulheres grávidas, bebês e crianças de colo, costumam ter a imunidade mais fragilizada e correm sérios riscos de saúde caso acabam contraindo o sarampo.

Mulheres grávidas precisam de atenção redobrada no condomínio

Inclusive, muitos desses indivíduos de grupo de risco não podem tomar a vacina, o que os deixam ainda mais vulneráveis e quanto mais cedo o Síndico puder avisar para protegê-los, melhor.

Em caso de muitos infectados, como o condomínio pode agir?

Se houve um número grande de infectados pelo sarampo, em alguns casos o Síndico pode pedir ajuda a Unidade Básica de Saúde da sua região para mover agentes de saúde e levar vacinas para os que ainda estão saudáveis mas correm risco por serem moradores. Essa operação pode evitar que o surto da doença se alastre com maior rapidez.

O síndico precisa agendar a ida da equipe de saúde até o edifício, podendo ser até mesmo durante os sábados. Caso algum morador se recuse a participar do mutirão de vacinação do condomínio, peça que ele assine um termo de responsabilidade e mantenha o documento guardado.

Quais são os sintomas do sarampo?

Machas avermelhadas pelo corpo são alguns dos sintomas do sarampo

Inicialmente são os sintomas de febre, tosse, secreção nasal e/ou conjuntivite. Por se assemelhar a uma gripe, infectologistas recomendam que a pessoa não demore e vá ao hospital para ter certeza. A doença tem o processo de incubação de 2 a 4 dias, quando surgem finalmente as manchas vermelhas no corpo, iniciando na orelha e depois para o resto do corpo. Pessoas com sarampo podem transmitir a doença após os 5 dias de aparecimento destas manchas.

O que o síndico precisa saber sobre a campanha do sarampo

A vacina que protege os cidadãos do sarampo é chamada Tríplice Viral, é uma imunização que na verdade protege tanto o sarampo, como também a caxumba e a rubéola, e podem ser encontradas no SUS durante todo o ano nos postos de saúde.

A vacina possui duas doses, uma deve ser preferencialmente aplicada a partir de um ano de vida da criança e a segunda até os 29 anos de idade. Em caso de pessoas que não tomaram uma das doses ou não tomaram nenhuma das duas e que tenham entre 39 a 59 anos, podem receber uma dose única.

Lembre aos moradores de sua unidade que em caso de qualquer dúvida, vá a um posto de saúde e tome a vacina.



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